Escrito por Vários |
Qua, 26 de Outubro de 2011 04:06 |
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Na oportunidade, estiveram presentes cerca de 100 pessoas. Foi distribuído amplo material com informações sobre a campanha, incluindo relatório do Stop the Wall sobre as relações militares entre Israel e o Brasil (traduzido para o português) e um manifesto que conta com a adesão de dezenas de entidades representativas da sociedade brasileira, várias das quais integram a Frente em Defesa do Povo Palestino. Comitês e sociedades/centros culturais árabe-palestinos de diversos estados enviaram mensagens de apoio à atividade e endosso à campanha. Devem, portanto, realizar, de forma articulada com o comitê global e as frentes em São Paulo, iniciativas por BDS no Brasil. A organização Stop the Wall e o Comitê Palestino por BDS também encaminharam mensagem.
À abertura, explicitou-se que a campanha é uma forma efetiva e concreta de atuar em defesa do povo palestino a partir do Brasil. No ato de seu lançamento, pronunciaram-se em prol dos boicotes ao apartheidde Israel várias organizações da sociedade civil brasileira. Entre elas estão: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular-Coordenação Nacional de Lutas), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), PCB (Partido Comunista Brasileiro), Mopat (Movimento Palestina para Tod@s), UNI (União Nacional das Entidades Islâmicas), Assisp (Associação Islâmica de São Paulo), Liga da Juventude Islâmica do Brasil, Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre) e várias outras, além das frentes promotoras da atividade. Também entre os que prestigiaram a iniciativa estiveram o PSOL-SP (Partido Socialismo e Liberdade, mandato do deputado federal Ivan Valente) e o Revolutas.
Os representantes da CUT e da CSP-Conlutas, Alexandre Bento e João Zafalão respectivamente, afirmaram que pretendem dialogar com sindicatos de suas bases para organizar atos ou levar a campanha a indústrias que têm relação com Israel. Exemplos são a Taurus, em Porto Alegre, e a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José dos Campos, interior de São Paulo. A última tem contratos de milhões de dólares com Israel para a modernização de aeronaves da Força Aérea Brasileira, por intermédio da Elbit Systems. Já a Taurus tornou-se fabricante do rifle israelense Tavor TAR-21, apresentado na Laad – Feira de Defesa e Segurança na América Latina, a qual tem o patrocínio do governo brasileiro e é realizada anualmente no Rio de Janeiro, com grande presença de empresas israelenses. O evento serve, portanto, de plataforma para que essas companhias, envolvidas em violações do direito internacional, obtenham lucros, e o Brasil e a região ampliem a cumplicidade com essas práticas. As denúncias constam do relatório elaborado pela organização Stop the Wall.
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O chamado da sociedade civil palestina vem sendo feito desde 2005. Este ano, o pleito é que nos diversos países se priorize o embargo militar integral a Israel, até que se cumpram as reivindicações fundamentais dos palestinos, a saber: o fim imediato da ocupação militar e colonização de terras árabes, e a derrubada do muro do apartheid, que vem sendo construído na Cisjordânia desde 2002, dividindo terras, famílias e impedindo os palestinos do direito elementar de ir e vir; o reconhecimento dos direitos dos cidadãos palestinos à autodeterminação, à soberania e à igualdade; o respeito, a proteção e a promoção do direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras e propriedades, das quais vêm sendo expulsos desde 1948, quando foi criado unilateralmente o Estado de Israel, até os dias atuais.
Principal campanha internacional de solidariedade ao povo palestino e contra qualquer forma de discriminação naquelas terras, a campanha do BDS redundou em conquistas importantes em diversas outras partes do mundo, como o rompimento de contratos milionários com empresas que atuam na construção do muro, de assentamentos ilegais ou de outros aparatos que sustentam a segregação na Palestina.
Apesar de esse movimento vir se expandindo em todo o globo, no Brasil algumas ações vão na contramão dessa corrente, como a adesão do País ao TLC (Tratado de Livre Comércio) Mercosul-Israel e negociações comerciais bilaterais com a potência ocupante, incluindo a assinatura de acordos militares e de tecnologia bélica. O amplo estudo promovido pela Stop the Wall denuncia que o TLC inclui a venda em território brasileiro de produtos e serviços feitos em assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia, bem como de tecnologias de defesa e segurança, as quais têm sido usadas nos ataques contra os palestinos.
Ainda na contracorrente, a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, passou a abrigar instalações da empresa israelense Elbit Systems, que atua na área de tecnologia militar e é especialista em construção de veículos não tripulados, os quais foram amplamente usados nos ataques aos palestinos de Gaza em final de 2008 e início de 2009. Uma das 12 companhias envolvidas na construção do muro doapartheid, a Elbit já assinou contratos no Brasil, como o já citado com a Embraer e as Forças Armadas. Além disso, conceituadas universidades têm firmado acordos de cooperação e intercâmbio com instituições israelenses, sobretudo nos últimos anos.
A organização Stop the Wall alertou, em relatório, que essas iniciativas garantem que as guerras, ocupação e colonização israelenses continuem a gerar lucros. E enfatizou: “Esses laços militares põem em questão o compromisso do governo brasileiro em apoiar os direitos humanos, a paz e a criação de um Estado palestino e parecem contradizer as atuais alianças brasileiras e interesses na região. É preocupante que o Brasil entregue o dinheiro dos impostos dos seus cidadãos às empresas de armamento israelenses. O Brasil não pode conciliar a cumplicidade com as graves violações da lei internacional por parte de Israel e as aspirações a potência mundial emergente, defensora do respeito à lei internacional e aos direitos humanos.”
Perante esse cenário e atendendo a pleito da sociedade civil palestina, ao lançar essa campanha, a Frente em Defesa do Povo Palestino e a Frente Palestina da USP reivindicam que o governo brasileiro e suas instituições, bem como empresas públicas e privadas nacionais e/ou instaladas neste país, imponham embargo militar e econômico a Israel, através do rompimento de acordos, contratos e suspensão na aquisição de produtos e serviços, os quais financiam cotidianamente a violação dos direitos humanos do povo palestino e a ocupação de suas terras. Para tanto, a ideia é intensificar as iniciativas em prol do BDS no Brasil, em conjunto com as diversas organizações da sociedade civil no País.
Mensagens
A campanha BDS – Boicote, Desinvestimentos e Sanções – contra Israel representa a força de uma iniciativa civil, que ganha importância, dia a dia, em todo o mundo!
Precisamos revelar e denunciar ao mundo a verdadeira face de Israel. Uma vez conhecida, todos boicotarão esse Estado nazissionista!
Desejamos que o lançamento da Campanha BDS seja impactante e que nos dê força na nossa jornada de lutas, que só findará quando nossa amada Palestina for livre!
Sintam-se abraçados pelos camaradas do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino e pelo povo palestino! Viva a Palestina livre! Viva a resistência palestina!
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro congratula-se com a Frente em Defesa do Povo Palestino de SP e com a Frente Palestina da USP pela iniciativa ímpar de lançar a Campanha Nacional de Boicote a Israel. Aproveitamos a oportunidade para reafirmar nosso compromisso de ampliarmos e fazer eco à Campanha, em nosso Estado.
Desejamos sucesso e muita luta, estamos juntos!
Grande abraço aos amigos e camaradas internacionalistas de São Paulo,
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino-RJ
O Comitê Democrático Palestino do Brasil saúda o lançamento da campanha por boicotes, desinvestimento e sanções a produtos e serviços de Israel. A unidade de ação em favor de campanhas como essa é fundamental. Assim, somamo-nos a esse esforço pela Palestina livre.
Comitê Democrático Palestino do Brasil
A Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá e o Centro Cultural Palestino de Mato Grosso se somam nessa atividade pela Palestina livre, laica e democrática. Fortalecer no Brasil a campanha de BDS a Israel é fundamental nesse processo cujo resultado certamente será a vitória do povo palestino.
Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá
Centro Cultural Palestino de Mato Grosso
Aos moldes do que ocorreu na África do Sul, certamente a campanha de BDS será peça fundamental para pôr fim ao apartheid de Israel. Do nosso estado, vamos atuar em unidade com os companheiros e companheiras de todo o Brasil nessa campanha para exigir justiça.
Centro Cultural Árabe-Palestino do Rio Grande do Sul
Notícia publicada no site:http://www.litci.org/pt
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Lançada em São Paulo campanha nacional por boicote a Israel
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