A greve do funcionalismo federal completa dois
meses nesta semana – 87 dias no caso dos professores das universidades.
Excetuando a carreira docente, os demais setores não receberam nenhuma
proposta, porém o governo ataca o movimento com várias medidas de repressão:
corte de ponto, desconto nos salários e decretos de substituição de grevistas.
Apesar da truculência do governo, as medidas
repressoras não conseguem dobrar o movimento, que continua forte e consegue
ainda mais adesões. Na semana passada, os técnicos administrativos da Polícia
Federal aderiram à greve e nesta semana entraram os funcionários da Fundação
Oswaldo Cruz e os fiscais agropecuários federais. No mesmo sentido, mais e mais
ações são promovidas a cada semana, colocando o movimento na mídia e
demonstrando toda sua capacidade de unificação e radicalização.
Essa greve, muito mais que uma campanha por
reivindicações salariais de uma categoria, é um duro enfrentamento entre um
segmento da classe trabalhadora e o governo de Dilma Rousseff (PT). Não há
dúvida de que essa é uma luta contra o próprio plano econômico do governo, que
segue duro e se recusa em ceder às reivindicações dos servidores federais,
enquanto continua concedendo isenções fiscais para as grandes empresas com a
suspensão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e revertendo quase
50% do PIB para o pagamento de juros das dívidas públicas. Ou seja, quer jogar
nas costas dos servidores públicos a prevenção da crise.
Nesse sentido nossa subsede vem se solidarizar
com a greve dos companheiros, pois sua vitória representará uma vitória do
conjunto do funcionalismo público e nos somamos à exigência de que a presidente
Dilma abra negociações e atenda às reivindicações dos servidores.
Representantes de Escola da região de São Miguel e Itaim Paulista reunidos em 16 de agosto de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário