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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

2014: Ano novo, velhos problemas


Na manhã de 29 de janeiro, no jornal Bom Dia SP e a tarde no SPTV, a Rede Globo veiculou matéria denunciando a situação das escolas da rede estadual de ensino, com falta de professores em diversas escolas, alunos sendo dispensados, aulas em escolas com reformas estruturais e todos os inconvenientes que daí decorrem, escolas com horário de funcionamento menor do que o previsto em lei, enfim, problemas que entra ano sai ano se repetem em toda a rede. Mais um ano letivo se iniciou em meio a um verdadeiro caos, que vitima alunos, professores e comunidade.

O governo Geraldo Alckmin/Herman, para atender aos interesses dos grandes empresários, que financiaram suas campanhas, e da FIFA, empresa que manda no futebol mundial e que lucrará rios de dinheiro com os patrocinadores da Copa do Mundo, antecipou a volta do ano letivo repetindo cenas que há anos vimos denunciando à sociedade.


O governo paulista, no ano passado, convocou um concurso público para a rede que teve a aprovação de mais de 100 mil professores e professoras em todo o Estado. No entanto, ao invés de convocar a todos para escolherem suas vagas em 2013 e iniciarmos 2014 com mais de 100 mil novos efetivos, diminuindo a precarização da rede, fez uma convocação de apenas 20 mil, que ingressarão somente no mês de março, de acordo com os cálculos do próprio governo. Ou seja, o mesmo governo que durante anos tentou convencer a população de que os problemas de ensino na rede, eram decorrência, da rotatividade dos professores nas escolas, promoverá em pouco menos de dois meses uma rotatividade do equivalente a 10% do efetivo da rede, o que afetará a vida escolar de algo em torno de 500.000 estudantes. Exemplo cabal do "compromisso" deste governo com a qualidade da educação.

Mas este não é o único problema que alunos, pais e professores enfrentarão neste início de ano. Milhares de turmas do noturno fechadas, dezenas de milhares de jovens e adultos sem poder frequentar a escola ou sendo obrigados a pagarem escolas particulares para terem acesso ao ensino tem como resultado, de um lado, o aprofundamento da privatização do ensino e, de outro, a demissão em massa de profissionais em educação.
A questão da jornada de trabalho da categoria, que há seis anos aguarda que o governo cumpra a lei do Piso Nacional do Magistério, que nos garante 1/3 da jornada dedicado ao estudo, mais uma vez é desrespeitada. Isso se traduzirá na manutenção do adoecimento da categoria, dos afastamentos médicos, e, consequentemente, da falta de profissionais, o que também afetará negativamente a vida de milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Tudo porque o governo se nega a investir mais em educação, pois a aplicação da jornada de 1/3 de horas-atividades exigiria a contratação de mais de 60 mil novos professores na rede. Mas Alckmin/Herman, assim como quase a totalidade dos governos estaduais e municipais, não querem fazer isso, pois significaria ter menos dinheiro para dar aos grandes empresários e banqueiros, que são quem de fato determinam a política de seus governos.

Ano passado, a população brasileira saiu às ruas exigindo mais dinheiro para a saúde, educação, entre outros serviços sociais. Já se iniciaram as mobilizações populares contra os investimentos dos governos federal, estaduais e municipais nas obras da Copa em detrimento dos investimentos nas áreas sociais e contra todas as injustiças cada dia mais evidentes que decorrem da prioridade dos governos em olhar apenas para os grandes eventos, enquanto a população pobre e trabalhadora sofre com o caos urbano. Em São Paulo, a primeira manifestação reuniu milhares de pessoas que sofreram com a violência policial, que demonstrou cumprir a risca seu papel de cães de guarda dos ricos e poderosos, repetindo cenas que lembram os tempos da ditadura militar, mas a bola está em jogo, nosso time, o time dos trabalhadores, demonstrou sua força ao sair em campo em 2013. Mas agora o jogo é pra valer, temos que repetir as grandes manifestações de 2013, agora em 2014, unindo a luta dos trabalhadores organizados, como a categoria de professores e professoras da rede estadual, à luta dos demais setores populares e da juventude, ganhando toda a classe trabalhadora para enfrentarmos a repressão e avançarmos na construção de um plano econômico a serviço dos trabalhadores, que deixe de encher o bolso dos banqueiros e grandes empresários, para garantir aos trabalhadores o direito à saúde, educação, moradia e transportes públicos e de qualidade.


Richard Araújo - Coordenador da APEOESP SUBSEDE SÃO MIGUEL, ITAIM PAULISTA E REGIÃO, militante da Oposição Alternativa CSP-CONLUTAS



http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/videos/t/edicoes/v/turmas-sao-dispensadas-por-falta-de-professores-em-sao-paulo/3110088/

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