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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Herman, quem deve ser punido são vocês!

A cara de pau do governo Geraldo Alckmin e Herman se supera a cada dia. Depois da repercussão da matéria veiculada ontem na imprensa, que denunciou a falta de professores e professoras em várias escolas e regiões do Estado de São Paulo, o secretário de educação, Herman Voorwald, enfim teve coragem de falar em público sobre o problema.

Como sempre, mais uma vez o governo, de forma covarde e costumeira, não assumiu sua responsabilidade pelo caos nas escolas públicas e afirmou que os culpados são aqueles "que não encerraram o contrato dos professores temporários no dia 18 de dezembro" e, ainda, "que em conversa com supervisores das diretorias de ensino, solicitou a apuração dos responsáveis por este erro", que serão punidos.

Em primeiro lugar, é importante lembrarmos que a "quarentena", foi uma medida aplicada pelo governo Serra, antecessor de Alckmin, que sempre foi denunciada pela categoria como um ataque à educação. 

Nas reuniões entre o Secretário de Educação e professores da rede em todo o Estado ocorridas em 2011, a revogação da lei 1093/2009, foi uma das mais levantadas pela categoria e após 3 anos o governo a mantem, mesmo sabendo que ela prejudica a vida de milhares de profissionais da educação e alunos, que entra ano sai ano são penalizados com a falta de professores nas escolas.

Neste sentido, se alguém é responsável por esta situação não são os gestores das escolas, que apenas cumprem as ordem emitidas pela SEE-SP, e por Alckmin/Herman, mas sim o governo, que mantem esta medida porque se beneficia da precarização da categoria para atacar a educação e nossa categoria ao se negar a garantir a estabilidade para todos aqueles e aquelas que já atuam na rede, reivindicação há anos levantada pela categoria.
Mas esta é apenas uma das demonstrações da falta de compromisso do governo com o interesse dos milhares de alunos da rede estadual. O mesmo podemos observar no que diz respeito ao concurso público, que, de acordo com o governo, terá os aprovados assumindo seus cargos apenas em março.


O governo convocou apenas 20 mil, dos mais de 100 mil aprovados, para escolherem suas vagas nos dias 27 e 28 de janeiro, depois do início das aulas. Exige deles, a maioria professores que já atuam na rede, uma série de exames médicos, que apenas servirão para atrasar ainda mais suas posses, principalmente devido ao sucateamento e privatização promovidos pelo governo no Departamento de Perícias Médicas do Estado. Ou seja, ao invés do governo convocar todos os 60 mil aprovados no final do ano passado, dando condições de que as escolas já iniciassem suas atividades em 2014 com seus quadros de professores(as) completo e garantir que todos(as) que já atuam na rede assumam imediatamente seus cargos, prefere "empurrar o problema com a barriga", deixando por quase dois meses os alunos e pais sofrendo com o problema da falta de professores nas escolas e mantendo uma importante parcela da categoria em contratos precários, já que não quer acabar com a "quarentena", que o governo queria que fosse de 200 dias.

Herman e Alckmin são os únicos responsáveis pela situação de caos nas escolas. Se alguém deve ser punido é este governo inimigo da educação. Precisamos organizar nossa luta e buscar o apoio de pais e alunos(as) para fazermos uma forte luta em defesa da educação pública, que se combine com as mobilizações populares e da juventude, que questionam os gastos dos governos com a Copa, em detrimento de mais investimentos em saúde e educação.

Richard Araújo - Coordenador da APEOESP SUBSEDE SÃO MIGUEL, ITAIM PAULISTA E REGIÃO, militante da Oposição Alternativa CSP-CONLUTAS

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