Reunidos na tarde desta segunda-feira, 23 de janeiro, no SINSPREV representantes de diversas entidades sindicais, movimentos sociais e organizações políticas criaram Comitê de Solidariedade ao Pinheirinho.APEOESP Subsede São Miguel, Itaim Paulista e região, presente!
Durante todo o domingo os trabalhadores acompanharam as cenas de truculência promovidas pela PM a mando da justiça de São Paulo, do governador Geraldo Alckmin e do prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury no processo de reintegração de posse da ocupação Pinheirinho. Helicópteros, bombas de efeito moral e balas de borracha auxiliaram a defesa pela polícia dos interesses do megaespeculador Naji Nahas, proprietário do terreno onde há oito anos milhares de trabalhadores resolveram construir suas moradias. Em cenas que lembraram muito as operações da PM do Rio de Janeiro nas comunidades cariocas, 2 mil policiais usaram toda a força de repressão de seu aparato para garantir que os interesses do caloteiro e bandido, preso pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, se impusessem mesmo às custas de mortos e feridos.
Relatos de moradores, e da própria OAB, dão conta de que na operação policial houve mortos, inclusive uma criança de 4 anos, sem contar as mais de 30 pessoas presas pela polícia apenas porque se negaram a sair de suas moradias sem resistência.
Em solidariedade à luta dos moradores do Pinheirinho, estudantes, trabalhadores e militantes de organizações políticas e movimentos sociais realizaram ato na Avenida Paulista, ma tarde do domingo, que reuniu mais de 500 pessoas para denunciar o massacre promovido pelo governo paulista na ocupação.
Como continuidade da luta diversas entidades se reuniram nesta segunda-feira para discutir um calendário de luta para cercar de apoio a resistência dos moradores do Pinheirinho, bem como para debater com os trabalhadores de suas bases o que realmente está acontecendo em São José dos Campos.
A APEOESP Subsede São Miguel, Itaim Paulista e região esteve presente em São José dos Campos, no ato da avenida Paulista e na reunião de hoje no SINSPREV, pois a luta dos moradores do Pinheirinho é a mesma luta que travamos contra o governo, pois o mesmo desrespeito que foi cometido pelo governador Geraldo Alckmin à decisão do TRF que suspendeu a reintegração de posse e deu um prazo de quinze dias para uma saída negociada pelas partes para evitar um banho de sangue acompanhado em nosso embate com a SEE/SP na aplicação da jornada do piso. Assim como os mesmos motivos que levaram a justiça de São Paulo,o governo e a prefeitura de São José dos Campos a utilizarem de toda a violência contra homens, mulheres, crianças e idosos para garantir o direito de propriedade do megaespeculador Naji Nahas é o que motiva a não aplicação da lei do piso na rede estadual: o compromisso deste governo com os interesses dos banqueiros e grandes empresário, através do pagamento da dívida pública com os salários e os direitos de nossa categoria.
Por isso devemos não apenas apoiar e cercar de solidariedade a resistência da luta do Pinheirinho, como exigir do governo estadual e do governo Dilma que desapropriem a área onde se localiza a ocupação para garantir aos trabalhadores seu direito a moradia. Dilma poderia resolver a situação do Pinheirinho desapropriando a área e enfrentando os interesses de Naji Nahas, caso fosse realmente um governo comprometido com os trabalhadores, assim como deveria tomar todas as medidas necessárias para obrigar o governo paulista a aplicar a lei do piso em nossa rede.
TODOS AO ATO EM APOIO AO PINHEIRINHO NO DIA 25 DE JANEIRO EM SÃO PAULO!
Somos todos Pinheirinhho!
Todo apoio à resistência dos moradores!
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